quarta-feira, 16 de junho de 2010

dedução

automático, acho que entrou no automático. perguntar pelo dia, se enfurecer pela hora.
desligar por ocupação de um tempo que não pode ser gasto pelo simples fato de dormir com os mesmos lençóis.
ouvir com os ouvidos fechados para os pensamentos de amanhã.
tempo gasto até com fazenda da internet. não abre a boca. a língua não mexe para saber o que faz levantar seis vezes na madrugada. voltar a dormir, fechar os olhos é um descanso que alivia todo o exercício do amor. fica na dedução sem comprovação.
cai no colo uma janela para conhecer o que não se fala, apesar da troca de salivas pela escova de dente que dorme ao lado.
na outra cabeça passa todo o filme da dúvida deste silêncio. pelo fio a relação se restabelece. fica na dedução sem comprovação.
a parte explicada e a que sente a ausência da explicação ainda sentem. está presente o carinho de se fazer ouvir e querer ouvir quando o cachorro late no retorno de casa.
e como diz o jornalista de palavras sabidas, muitas são as vezes que se pode separar e casar com o mesmo.

2 comentários:

  1. "voltar a dormir, fechar os olhos é um descanso que alivia todo o exercício do amor."

    Voltar a morrer.

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  2. engraçado eu ter lido isso agora...acabei de ver A casa de Alice, filme que retardei pra assistir. Mas estava justamente com essa reflexão da vida...dos relacionamentos e do cotidiano....

    Enfim, sempre recomeçamos as mesmas coisas..

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