é impressionante como gosto deste desenho. quando criança assistia sempre e agora quase todos os dias. é eu acordo por volta das 9h30 e vejo. pense o que quiser. mas este desenho me faz bem. mas sinceramente não sei bem a resposta do por quê. eles todos estão perdidos; (hum, talvez pelo mesmo motivo goste tanto de LOST); eles têm um poder que os ajuda no dia a dia para sobreviver neste mundo onde estão; todos dias têm uma nova esperança de achar o caminho de volta para casa; mas eles não acham! e eu sei que nunca vão achar. sei? sei sim. não sou mais criança para ter essas esperanças. mas mesmo sem esperanças eu assisto. já procurei na internet e vi que existem alguns supostos finais, mas não são originais. portanto o fim não foi realmente escrito. eu não tenho um personagem preferido, apesar de gostar muito do Eric. tenho um amigo que sonhou que estava dentro do desenho e que eu era a Sheyla. não. não tem nenhum personagem que eu sonharia em ser. então por que? talvez uma psicóloga possa me explicar melhor. mas talvez a resposta esteja na minha cara. A Dra. diria: perdida mais poderosa. ahah. luta pelos seus ideais. fantasia e sonha demais. esta quase alcançando seus objetivos, falta pouco. procura sempre um mestre para guiá-la...hum, só acho muito triste se for aplicada a parte de "saber que eles não vão voltar para casa nunca". tomara que este nunca seja aplicado a mim somente metaforicamente até escolher um novo desafio. aí depois outro e outro. e assim "nunca volte para casa".
segunda-feira, 29 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
pisam no mesmo piso
um fio as une, mas não se vê. uma linha mágica transparente que laça seus ideais e corações. os sonhos delas andam pela mesma aquarela. moram na ilha banhada com as mesmas cores fortes e alegres. elas tomam refresco embaixo da mesma sombra e depois começam a caminhada. é claro que em alguns dos bons momentos cada uma vai para sua marquise. únicas. como cada um tem um universo, com elas não seria diferente. mas pisam naquele piso pisado uma vez por semana. no dia em que a programação da tv é chata, onde o mesmo apresentador se vê pelo reflexo das janelas do prédio ao lado. não foi por causa da tv. mas para ver nos olhos, uma da outra, seu desejo projetado. não são conhecedoras das letras. não possuem carteirinha da OAB, nem certificado da ECA. só têm a sensibilidade apurada dos ouvidos abertos. desenham na boca as palavras do autor e levam o corpo conforme comanda seu subconsciente. no palco são acariciadas pela luz de uma lanterna. torcem para que o som nunca pare de tocar na deixa. mas rezam para que um pouco mais aconteça. pois não foi fácil trocar as fronhas impregnadas de suor por um picadeiro. com a força dos atos, assim elas podem deitar tranquilas nos travesseiros onde esconderam seus segredos.
sexta-feira, 19 de março de 2010
algodão doce
a alma pede um algodão doce para acompanhar. exibo a lista da memória que não é minha. rolam os nomes lembrados da tarde com risos de cumplicidade. o som que esperamos ser interrompido não se interrompe. minha sede por doce persiste e então enfim a dona da loja responde que a porta vai abrir em 40 minutos. o controle da respiração deve ser constante, conforme as instruções de uma mulher-bambu. o azeite escorre no canto da boca, mas não tem problema porque ele não faz mal para o coração. outro som, aquele que a gente sempre espera ouvir, toca, ressoa no ar, deixa uma atmosfera de esperança e dúvida. sempre paro de comer quando do outro lado da rua vejo crianças brincando. às vezes é só uma fantasia de que eu também possa tirar os sapatos e colocar o pé na areia. viajo e aterrizo no solo da doceria, mas só é gostoso sentar em almofada esquentada por outra bunda no frio. como um pedaço do doce, embrulho outro pedaço em papel laminado, para a vontade que vem no fim da noite. reparo que aquela estátua do alto talvez fique melhor em outra parte da estante. saio com a impressão que dormi de boca aberta, e que pela abertura saíram babas e cores não muito agradáveis de tocar. aí veio a vontade de comer a outra parte do meu algodão doce, e para a minha surpresa ele sumiu como já esperava.
segunda-feira, 15 de março de 2010
lá e cá
achei q estava. e pode estar. qual a diferença. pode estar até o pescoço. pode estar até a cintura. o real é que ainda não cobriu os olhos. está nem lá nem cá.
lá vejo a mediocridade. vejo de dentro da caixinha. vejo que a maioria está. mas tem estabilidade. tem conforto. tem aceitação da sociedade. tem paz com os outros. tem orgulho dos que me amam, mas não tem paz comigo.
cá vejo desafio. tem loucura, insanidade, desequilíbrio. sem teto, sem chão. é mar sem fundo. é descoberta de água límpida e turva. talvez ilusão. mas o sentimento transborda. as sensações são indefinidas. a carne se rasga com a realidade da verdade e da mentira. do escuro acende o saber infinito do saber.
molhada mas não mergulhada. ou talvez mergulho e volto um pouco sem ar. ainda preciso ver da borda como lá ainda está. para ver se ainda posso sair. não sei. não sei se eu mergulhar para não voltar sobrevivo. talvez se nunca estivesse seca não temeria o mergulho sem volta. ou se nunca estivesse seca não saberia o prazer de mergulhar.
lá vejo a mediocridade. vejo de dentro da caixinha. vejo que a maioria está. mas tem estabilidade. tem conforto. tem aceitação da sociedade. tem paz com os outros. tem orgulho dos que me amam, mas não tem paz comigo.
cá vejo desafio. tem loucura, insanidade, desequilíbrio. sem teto, sem chão. é mar sem fundo. é descoberta de água límpida e turva. talvez ilusão. mas o sentimento transborda. as sensações são indefinidas. a carne se rasga com a realidade da verdade e da mentira. do escuro acende o saber infinito do saber.
molhada mas não mergulhada. ou talvez mergulho e volto um pouco sem ar. ainda preciso ver da borda como lá ainda está. para ver se ainda posso sair. não sei. não sei se eu mergulhar para não voltar sobrevivo. talvez se nunca estivesse seca não temeria o mergulho sem volta. ou se nunca estivesse seca não saberia o prazer de mergulhar.
ele zelador
ele manda tirar da frente a mobília do 14º, que desce pela garagem apreensiva.
ele dribla a sra. para que o cara que veio tirar medida do piso possa trabalhar.
ele levanta a cabeça indagador das coisas chatas que só atrapalham.
ele avisa que elevador social está em manutenção em notas fúnebres.
ele recebe a notícia que a moça saiu sem a chave de serviço em cólicas.
ele passa o rádio para soltar o elevador com a respiração saindo pelos olhos.
ele pede de nariz torcido que a moça espere no hall.
ele anuncia sem remorso que cachorro não pode andar por nenhuma área do prédio.
ele coloca que se de mau cheiro ele não pode falar com o cara da construtora que ele vê todo dia.
ele...viu a moça de biquini na piscina, sorri um sorriso de gentil cafajeste e oferece seus cuidados. ele: - "O barulho atrapalha a sra?"
ele um zelador das coisas das mulheres...
ele dribla a sra. para que o cara que veio tirar medida do piso possa trabalhar.
ele levanta a cabeça indagador das coisas chatas que só atrapalham.
ele avisa que elevador social está em manutenção em notas fúnebres.
ele recebe a notícia que a moça saiu sem a chave de serviço em cólicas.
ele passa o rádio para soltar o elevador com a respiração saindo pelos olhos.
ele pede de nariz torcido que a moça espere no hall.
ele anuncia sem remorso que cachorro não pode andar por nenhuma área do prédio.
ele coloca que se de mau cheiro ele não pode falar com o cara da construtora que ele vê todo dia.
ele...viu a moça de biquini na piscina, sorri um sorriso de gentil cafajeste e oferece seus cuidados. ele: - "O barulho atrapalha a sra?"
ele um zelador das coisas das mulheres...
sexta-feira, 12 de março de 2010
Lostmaníacos
Não resisti colo aqui algumas camisetas geniais que tirei de um blog tb incrível: "Pensar Enlouquece..." de Alexandre Inagaki. No clima do #LostDay e do início da sexta e última temporada de Lost...
quinta-feira, 11 de março de 2010
Lady Macbeth falou comigo ontem
-Estava bêbada, aquela esperança de que te revestias? Caiu no sono, a tal? E agora ela se acorda, tão pálida e verdolenga, para examinar o que antes fez com tanta liberalidade? Deste momento em diante, calculo que esteja igualmente doentio o teu amor. Tens medo de ser na própria ação e no valor o mesmo que és em teu desejo? Queres ter aquilo que, por tua estimativa, é adorno da vida e, no apreço que tens de ti mesmo, levas a vida como um covarde, não é assim? Deixas que o teu "Não me atrevo" fique adiando tua ação até que teu "Eu quero" aconteça por milagre; como a gata coitadinha, que queria comer o peixe mas não queria molhar a pata.
segunda-feira, 8 de março de 2010
mania
leio livro. vejo filme. falou de uma peça. tenho que ler. falou de um filme tenho que ver. as indicações entram na lista do "tenho que fazer". muito bom receber indicação. bom mesmo. amplia. mas martela na cabeça. vira mania. mania de buscar o exato. mania de parar e anotar o sugerido. e dependendo me faz parar. parar de ler o livro. de ver o filme. de continuar a assistir o seriado. eLE vai falar sobre Macbeth...então tenho que ler primeiro antes de continuar a assistir. eLE falou sobre Theodor Adorno, então tenho que saber quem é este antes de continuar a ler. que mania! o ditado protege a mania de cada um. cada louco tem sua mania. pegar mania na hora de estudar é um saco. e é quase impossível de fazer tudo desta lista do "tenho que fazer". devo usá-la sim. mas tudo para o bem. para libertação. não me aprisiona mania besta de ser!
quarta-feira, 3 de março de 2010
LOST
amo. adoro. um presente para quem gosta de um bom roteiro maravilhosamente estruturado. o gênio que criou LOST soube utilizar as técnicas essenciais. obstáculos. conflitos. antecipações para te deixar ávido pelo que vem depois. cria uma atmosfera de puro suspense que te leva ao clímax. Essas figurinhas são uma sátira dos personagens que acompanho fielmente. D+
batom borrado
os adjetivos que combinam com a foto. a exagerada. a depravada. a sensual. repete a imagem na mente. preciso melhorar meu repertório. clichês são bons para quem sabe fazer com pés nas costas. batons borrados estão em todas revistas em quadrinhos, fotos de catálogos baratos, personagens que todos conhecem da televisão. batom borrado não pode fazer parte do meu arquivo de busca. ele já foi. mais filmes, mais pinturas, mais peças precisam entrar para apagar os registros antigos. novas leituras dão margem para imaginação, mas na procura da imagem vem a do batom borrado. o vermelho sangue. claro. tradicional vivo. só encontrado em marcas profissionais de maquiagem. já foram comprados em farmácias, mas agora não tem mais a cor. o importante é ser borrado. o fora de linha. o fora das regras. da margem a transbordar de êxtase. a carne leviana. a desvirginada. talvez o substitua por um cabelo despenteado.
a tinta apaga
Vem e vai. se não registro ela se vai. a imagem e a letra que fazia sentido. a imagem que trazia muitas mensagens para mim. para meu mundo particular. para registrar ou talvez compartilhar minha vaidade. meu ego inflado. pensamentos desenhados em um papel de pano imaginário que a tinta apaga. tem que passar para o papel se não ela vai embora mesmo. não pertence a você. não pertence a ninguém. é a sua vaidade que quer vê-la com tintas fortes. imaginar que ela pode ser vista por alguém. e um menino dizer: nossa, eu penso assim. ou receber um elogio da letra como saída do caderno de caligrafia. existe um escritor das tintas que não se apagam. este é onipotente. pretensão apenas têm os que pintam com letras de forma com caixa alta. a tinta sempre se apaga.
muito tempo
muito tempo. tempo parada. parada para pensar. período. o mesmo de muitos. o calendário é obedecido. natal, novo ano, carnaval. revitalizo minhas energias. Não! não é verdade. é preguiça q invade. é inferno astral. depressão deste calendário que vem sempre igual.
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