quarta-feira, 14 de abril de 2010

talvez seja uma pluma branca

quase que as paredes do meu apartamento me engoliram. é por pouco que as paredes que parecem brancas, mas tem um tom lilás perceptível apenas se você olhar para o teto branco puro, me engolem. acho que quando você se coloca em uma certa posição perante as coisas as coisas ficam maiores que você e sem perceber você é absorvido por elas. graças a uma força que não sei de onde vem, mas tenho certeza que existe, surge e me salva destes dentes afiados. gostaria que esta força estivesse sempre presente e não me abandonasse mais. o problema é que eu não mando nela. ou talvez mande, mas não é sempre que consigo evocá-la. ela é como uma chocolate branco que deixa uma gosto gostoso no céu da boca. é como um riso solto que vem por vir. é um olhar terno para o horizonte sem motivo. é como ver a graça na brincadeira que minha cadela faz em volta do rabo. talvez por falta de observação não sei quando ela me abandona. Ou talvez por ser uma pluma branca que voa com o vento e assenta somente quando a brisa para de bater.

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