domingo, 25 de abril de 2010

olhos verdes


diante dela a camisa verde e olhos. ora rasos, ora profundos e risonhos. jeito moleque de não saber muito o querer, apesar de achar que sabe. ternura nas palavras de lábios rosa. brinca de ser rude com mau jeito para matar a formiguinha barulhenta do canto da sala de aula. olha de baixo para cima quando recebe o elogio do homem que tem barbas maiores e mais escuras. baba nas bonecas. bonecas loiras, ruivas, baixas, magras, velhas ou fazendo beicinho de vestibular. faz bem o palhaço como no filme que morreu rindo. e agora olha para ela e faz acreditar no mergulho profundo verde, que ora raso, faz cócegas de rir como com irmão de oito anos menos. no raso vai querendo fazer de sério para ouvir o que diz com a gargalhada presa no céu da boca. no fundo ela esquece e faz de conta que ele é o homem que só usava bigodes e tem o tempo para controlar ela de chapéu nas mãos.

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