quinta-feira, 22 de julho de 2010

poeira branca

estava a caminho da estrada de terra branca cheia de pedrinhas claras e camufladas de pó. começa a chover mas logo para e não sinto nenhuma gota da água da chuva em mim. ela não me molha. vejo só a três passos que uma poça se formou no meio ao pó. a água que não é mais do céu e sim do chão sujo de poeira. não se pode secar a água do chão no meio da estrada. ela vai secar sozinha por si só. não vou pisar na poça. quem gosta de sair pulando em poças de água pelo caminho são as crianças de pé descalço, que podem lavar o pé sujo de lama com a mangueira no portão de casa. se eu apareço com os pés sujos de lama vão dizer que eu preciso vestir um avental branco e pular as poças imaginárias de um quarto vazio de luz fraca. então agora rezo para que chova todas as noites para assim poder tirar o pó da estrada branca que ficou em mim.

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