Geraldo Ferraz escritor, jornalista, crítico literário brasileiro, escreveu em 1962 "Vozes do Quadro de Picasso", sobre a massacrada Guernica espanhola...textos, cenas e poemas lindos que rememoram as cores de dor pintadas por Picasso sobre o trecho dilacerado de Biscaia pelos aviões alemães. Mas algo que deixou um bela impressão sobre o autor foi este trecho final:
"... Recordamo-lo num escrito cuja intensão é entregar um texto de declamação àqueles que, em qualquer país do mundo, queiram fazer lembrada aos povos essa "miséria e traição" contra a irredenta Biscaia, contra a humanidade e a liberdade, contra a sobrevivência de todas as aldeias da terra. Esse texto pode ser reproduzido, representado e traduzido, em sua íntegra sempre, sem qualquer direito autoral a entravar-lhe a publicação ou a divulgação. Geraldo Ferraz."
Obrigada Geraldo, nos deixa sem entraves uma bela obra para montagem...
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
tatuagens da vida
Vi uma reportagem sobre tatuagens, pensei em fazer uma, duas, diversas vezes, mas eu desisti das mesmas, na quantidade igual. Não sei. Acho bonito quando alguém escolhe um desenho representativo para pintar no corpo. Acredito que quem faz não teme mudanças na vida. Acho um ato de atitude e personalidade. Não quero incentivar ninguém a fazer tatuagem. Mesmo porque eu ainda não fiz. Pois sei que mudo muito. Às vezes mudo de um dia para outro. Como posso escolher um desenho hoje, ou escrever algo na minha pele, se não sei se amanhã vou gostar na mesma intensidade ou vou pensar do mesmo jeito? Mas quando você toma uma grande atitude para fazer algo na sua vida também não é assim? Você não sabe se vai se arrepender amanhã, se vai ter como voltar atrás e mudar, se tem como corrigir, se vai ser ruim, bom, ou maravilhoso... Porém se não a fizer não vai saber. Agora uma coisa você pode se perguntar: "eu conseguiria viver sem tentar fazer isso que eu quero tanto?" Para tatuagem minha resposta hoje é sim. Portanto a verdade é que não quero tanto fazer uma tatuagem assim. Sou cheia de pintas grandes pelo corpo todo! Mas tenho uma amiga, que quando me viu diante de uma dúvida sobre uma grande decisão, ajudou-me com esta perguntinha e minha resposta foi não. Então eu já fiz uma “tatuagem” na vida, uma só não, várias. E pretendo fazer outras.
Começo hoje...
Começo escrever porque algo me impulsiona. Quero viver esta experiência. Tenho vontade de dividir alguns pensamentos, registrar algumas reflexões que tenho em momentos incomuns comuns, para quando sentir vontade de olhar para algum lugar e poder ver o que se reflete dentro de mim. Assim posso ver com maior facilidade o que era no ontem, como sou no hoje e como mudei no amanhã.
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